VOLKSWAGEN-JETTA COMFORTLINE
Vamos falar em detalhes sobre o VOLKSWAGEN-JETTA COMFORTLINE 2.0 2013, um sedã médio que conquistou muitos admiradores no Brasil por seu bom desempenho, espaço interno e confiabilidade. Este modelo em particular se destacou por oferecer um pacote equilibrado entre conforto, desempenho e custo-benefício, posicionando-se como uma das melhores opções na sua categoria à época.
Design e Estilo
O Jetta 2013 apresentava um visual mais conservador em comparação a concorrentes mais ousados, como o Honda Civic ou o Hyundai Elantra, mas ainda assim transmitia uma imagem de solidez e sobriedade. A versão Comfortline trazia rodas de liga leve de 16 polegadas, faróis com máscara negra e detalhes cromados sutis que conferiam um ar de sofisticação. As linhas eram retilíneas, o que refletia a identidade visual da Volkswagen naquele período, priorizando elegância discreta em vez de extravagância.
Motorização e Desempenho
A versão Comfortline vinha equipada com o motor 2.0 Total Flex de 8 válvulas, com potência de 120 cv com gasolina e 116 cv com etanol, entregues a 5.250 rpm. O torque máximo era de 18,4 kgfm (etanol) e 18,1 kgfm (gasolina), disponível a 2.500 rpm. Embora não fosse o motor mais moderno — pois ainda utilizava comando de válvulas simples e não tinha tecnologias como injeção direta — o desempenho era satisfatório para a proposta do carro, especialmente com o câmbio automático Tiptronic de 6 marchas, que oferecia trocas suaves e até mesmo a possibilidade de mudanças manuais, por meio do modo sequencial.
Essa motorização oferecia um comportamento mais voltado ao conforto do que à esportividade. O carro não era exatamente ágil em arrancadas, mas tinha retomadas decentes e um bom isolamento acústico, o que contribuía para uma condução tranquila tanto em cidade quanto em estrada.
Consumo de Combustível
Um dos pontos mais discutidos do Jetta Comfortline 2.0 era o consumo de combustível. Por ser um motor relativamente antigo e pesado para a potência que entregava, o consumo urbano girava em torno de 6,5 a 7,5 km/l com etanol e 9 a 10 km/l com gasolina. Em rodovias, esses números podiam subir para 9 a 10 km/l com etanol e até 13 km/l com gasolina, dependendo do modo de condução. Ou seja, o consumo não era dos mais baixos, especialmente considerando concorrentes com motores mais modernos e eficientes.
Conforto Interno e Acabamento
O interior do Jetta Comfortline 2013 era bem construído, com plásticos de boa qualidade e ótimo encaixe das peças, embora não chegasse ao nível de sofisticação de versões mais caras como a Highline. O espaço interno era um dos destaques: acomodava confortavelmente cinco adultos, com bom espaço para as pernas no banco traseiro e 510 litros de capacidade no porta-malas — um dos maiores da categoria.
A lista de equipamentos incluía ar-condicionado digital, direção hidráulica, vidros, travas e retrovisores elétricos, sistema de som com Bluetooth e entrada auxiliar, computador de bordo, piloto automático, sensores de estacionamento traseiros e volante multifuncional com ajustes de altura e profundidade. Os bancos, apesar de revestidos em tecido nessa versão, ofereciam bom apoio lateral e conforto para longas viagens.
Segurança
Em termos de segurança, o Jetta Comfortline 2.0 2013 contava com freios ABS com EBD, airbags frontais, encostos de cabeça e cintos de três pontos para todos os ocupantes, além de sistema Isofix para cadeirinhas infantis. Ele também apresentava uma estrutura robusta, construída sobre a plataforma PQ35, a mesma de modelos como o Golf e o Audi A3 da época, o que contribuía para um bom desempenho em testes de impacto.
Manutenção e Confiabilidade
O Jetta Comfortline se destacou pela confiabilidade mecânica. Seu motor 2.0 8V é antigo, mas extremamente robusto e de manutenção simples, com peças amplamente disponíveis no mercado nacional. Muitos donos relatam que, com manutenções preventivas em dia, o carro chega facilmente aos 200 mil km sem grandes problemas mecânicos.
Entretanto, é importante mencionar que o câmbio automático Tiptronic, apesar de confiável, pode apresentar custos de manutenção mais altos se negligenciado.