FORD-KA CLASS
Vamos falar com profundidade sobre o FORD-KA CLASS 1.0 Completo 2011, um compacto que fez sucesso no Brasil por sua proposta acessível, robusta e prática, principalmente entre motoristas urbanos e compradores de primeiro carro. Este modelo se destaca por seu custo-benefício, manutenção simples e desempenho adequado para o dia a dia.
Histórico e Contexto
O Ford Ka 2011 pertence à segunda geração do modelo no Brasil, lançada em 2008. Essa geração trouxe um design mais moderno e arredondado do que a anterior, além de melhorias estruturais, mais espaço interno e um novo leque de equipamentos, especialmente nas versões “completas”, que passaram a incluir ar-condicionado, direção hidráulica, vidros e travas elétricas — itens muito valorizados pelo consumidor brasileiro.
Design e Estilo
O Ka 2011 tinha um visual compacto, com linhas curvas e um estilo simpático. Seu design era funcional, priorizando dimensões compactas para facilitar a vida na cidade. A frente tinha faróis grandes, para-choque com grade central pronunciada e capô levemente abaulado. Na traseira, o modelo apresentava lanternas em posição elevada e uma tampa do porta-malas pequena, que dava acesso limitado ao compartimento.
Apesar de não ser ousado, o design era atual para sua época e ajudava o carro a se destacar positivamente entre outros compactos como Fiat Uno Mille, VW Gol G4 e Chevrolet Celta.
Motorização e Desempenho
O Ford Ka 1.0 2011 vinha equipado com o motor 1.0 Rocam Flex, um dos motores mais conhecidos da Ford no Brasil. Ele entregava 73 cv com gasolina e 75 cv com etanol, ambos a 6.000 rpm, além de 9,3 kgfm de torque com etanol e 9,1 kgfm com gasolina, a 4.750 rpm. O motor utilizava corrente de comando (em vez de correia dentada), o que reduzia os custos de manutenção a longo prazo.
Em desempenho, o Ka 1.0 não era esportivo, mas atendia bem às necessidades do uso urbano. O carro era leve (com cerca de 950 kg), o que ajudava o motor 1.0 a render de forma mais ágil, especialmente nas arrancadas e no trânsito. Em estradas, o desempenho era limitado: ultrapassagens exigiam planejamento, especialmente com o carro cheio ou com o ar-condicionado ligado.
O câmbio manual de 5 marchas tinha engates firmes e relações curtas, otimizando o desempenho nas rotações baixas e médias.
Consumo de Combustível
O consumo era um dos pontos fortes do Ford Ka 1.0. Com etanol, fazia cerca de 7,5 a 8,5 km/l na cidade e 10 a 11 km/l na estrada. Com gasolina, os números eram mais animadores: cerca de 11 a 13 km/l na cidade e até 16 km/l na estrada, dependendo da condução. Essa eficiência fazia do Ka uma opção excelente para quem precisava economizar no combustível, principalmente em grandes centros urbanos.
Interior e Conforto
Na versão completa, o Ford Ka oferecia um bom nível de equipamentos para um carro de entrada. Os itens de série incluíam:
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Ar-condicionado
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Direção hidráulica
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Vidros dianteiros elétricos
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Travas elétricas
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Desembaçador traseiro
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Limpador e lavador do vidro traseiro
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Rádio com entrada auxiliar (em algumas versões)
O acabamento interno era simples, com plásticos rígidos e poucos detalhes, mas bem montado e funcional. Os bancos dianteiros ofereciam conforto adequado, com bom apoio lateral para a categoria. O espaço interno era justo: acomodava bem dois adultos na frente e dois atrás (três atrás ficava apertado). O porta-malas tinha capacidade para 263 litros, o que era razoável para o segmento.
Segurança
Em 2011, ainda não havia obrigatoriedade de airbags e ABS para todos os veículos no Brasil. Assim, o Ford Ka 1.0 completo não vinha com airbags ou freios ABS, o que é um ponto negativo sob o ponto de vista da segurança atual. No entanto, o carro contava com cintos de três pontos para os ocupantes dianteiros e traseiros laterais, além de estrutura reforçada que atendia aos padrões da época.