KIA-SOUL EX
O KIA-SOUL EX Flex 2010 chegou ao Brasil em um momento em que a marca coreana começava a se consolidar no país. Com um visual ousado e diferente de tudo que havia na época, o modelo rapidamente ganhou o apelido de “carro-design” ou “quadradinho estiloso”. Mas ele vai além do visual: oferece bom espaço interno, dirigibilidade agradável e um conjunto mecânico simples e eficiente, ideal para quem busca economia e custo-benefício.
Design excêntrico e funcional
O primeiro grande atrativo do Kia Soul é, sem dúvida, o seu visual. Lançado com um design urbano e moderno, o modelo apostava em linhas retas, faróis grandes e uma carroceria alta e curta, o que lhe rendeu um estilo bastante diferente dos hatches e sedãs tradicionais. A proposta era clara: um carro com “alma” jovem, voltado para o público que queria algo prático, mas com personalidade.
A posição de dirigir elevada, o teto quase reto e o capô curto remetem a uma mini SUV ou um crossover urbano, mesmo que ele não tenha tração 4×4. As rodas de liga leve de série e os detalhes em plástico preto contrastando com a cor da carroceria reforçam o estilo ousado.
Motorização 1.6 flex: simples e eficiente
Sob o capô, o Kia Soul 2010 traz o motor 1.6 16V flex, que rende 126 cv com etanol e 122 cv com gasolina, ambos a 6.200 rpm. O torque máximo é de 15,9 kgfm com etanol a 4.200 rpm. Apesar de não ser um motor esportivo, ele é suficiente para o uso urbano e rodoviário, entregando desempenho equilibrado, especialmente com o câmbio manual de 5 marchas, que garante respostas mais ágeis do que a versão automática.
O carro acelera de 0 a 100 km/h em cerca de 11,5 segundos, e sua velocidade máxima gira em torno de 180 km/h. O acerto de suspensão, mais voltado ao conforto, ajuda a absorver bem as imperfeições das ruas brasileiras, ainda que a altura elevada da carroceria gere alguma rolagem em curvas.
Consumo e economia
Em termos de consumo, o Kia Soul 1.6 manual 2010 se sai de maneira razoável para um carro com cerca de 1.250 kg. No uso urbano, ele faz em média 7 a 8 km/l com etanol e cerca de 9 a 10 km/l com gasolina. Já na estrada, pode chegar a 11 km/l com etanol e 13 km/l com gasolina, dependendo do estilo de condução e das condições da via.
Esses números tornam o modelo competitivo entre os compactos mais espaçosos da época, especialmente quando se considera que ele entrega um bom nível de conforto e dirigibilidade.
Interior espaçoso e bem equipado
O interior do Kia Soul surpreende pelo espaço. Graças ao formato “caixote”, há ótimo aproveitamento de espaço interno, tanto para os passageiros da frente quanto os de trás. O teto alto dá uma sensação de amplitude, e o porta-malas tem capacidade para 340 litros, o que é razoável para o segmento.
Mesmo na versão de entrada 1.6 manual, o modelo já vinha bem equipado: ar-condicionado, direção elétrica, vidros e travas elétricas, computador de bordo, sistema de som com entrada auxiliar/USB e volante multifuncional. Os bancos possuem bom suporte lateral e o acabamento, embora simples, é bem montado e resistente.
Segurança e estrutura
Em 2010, o Kia Soul ainda não contava com uma lista muito extensa de itens de segurança, mas trazia o essencial: duplo airbag frontal, freios ABS com EBD e carroceria com zonas de deformação programada. A estrutura do carro foi elogiada em testes de colisão internacionais, o que transmite uma boa dose de segurança para os ocupantes.
Manutenção, peças e revenda
Um dos pontos fortes do Kia Soul 1.6 2010 é a sua mecânica simples e robusta. O motor Gamma 1.6 16V é conhecido pela durabilidade e facilidade de manutenção. As peças são relativamente acessíveis e fáceis de encontrar, embora algumas sejam importadas — o que pode elevar o custo em certas regiões.